Hoje vi como tem papel com anotações [do inglês, da Oficina do Futura entre outras..] soltos pelo meu quarto. Vou enfiando em pastas aleatórias ou em caixas, guardando onde sei que NÃO vou encontrar quando precisar, e com eles vão indo minhas chances de por tudo em ordem, de consertar, de rever, de reaprender. A partir disso, me vem uma súbita idéia de comprar um caderno novo, com páginas limpas, pra reescrever tudo que anda solto, desagregado, aleatório. Cheiro de papel novo, linhas vazias, folhas bem juntas, quase grudadas. Papel liso esperando pra conhecer o que deixo perdido, o que é tão importante pra mim e que faço questão de deixar desorganizado. Sempre quando vou pra jogar fora um papel ofício com anotações eu penso: Não! Posso precisar disso depois, depois passo a limpo, é bom que eu revejo. Quantas vezes eu fiz isso? Por que ao invés de juntar tudo, preferia sair espalhando e planejando um dia juntar?
Como juntar tudo, de coisas diferentes e pôr em um mesmo caderno, se cada anotação foi em um lugar, com pessoas diferentes em volta, com emoções diferentes. Talvez seja esse o motivo de protelar tanto essa reorganização. Acredito que iniciar um novo caderno é um desafio pra coisas novas, ou possa ser até que junte coisas velhas só pelo simples fato de reviver cada cheiro que cada coisa me trouxe ou de ter a sensação de começar algo novo. É isso! Começar algo novo. Mas como? Começar algo novo pelo velho não soa muito bem. Me sugiram o que fazer. Como trazer o novo? Com tudo o que pode vir com ele. E o velho? O que faço? Faço virar novo?
domingo, 17 de abril de 2011
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