Noite escura chama e faz, na cabeça, borbulhas, coração efervescer e dedos tilintarem ao escrever. Dói no
estômago, no susto do amanhecer, os ‘nãos’ ditos, sem querer. Nãos que colho ao
meu bel desprazer. Feito isso, recorro aos olhares perdidos na vasta selva de frames que se chocam, que se combinam
mas não se desenvolvem.
Culpado por decisões alheias.
Destino traçado por erros alheios. Colheita comprometida por omissão no
plantio. Cadeia de desventuras em série, semeadas com gesso, inférteis que
prendem, não deixam ir. Matam.
Toca outra vez aquele “e se?..”
maldito, insistente. Palavras de rumos que não segui, cheiros que não quis
sentir, abraços dos quais preferi partir. Resta tudo o que resta do vazio. O
vazio.
Errante se vai e errante se permanece sendo, até que errante não seja mais. Quando não mais puder. Ser. Toca lá adiante o sino que, falante, chega a doer nos ouvidos.. chamando esvoaçantes sentidos de um não saber sentir.
Errante se vai e errante se permanece sendo, até que errante não seja mais. Quando não mais puder. Ser. Toca lá adiante o sino que, falante, chega a doer nos ouvidos.. chamando esvoaçantes sentidos de um não saber sentir.
Surgirá um dia - prefiro que
assim seja - uma rajada de vento que, no meu rumo, me leve a outro. Rumo.
Destino. Abraço. Suspenso no ar, pra evitar o cansaço que na pele se marcará,
de fato. Inevitável. E lá, suplico eu, entenderei as linhas do caminho riscadas
com tropeços, rastejos, saltos, que em curso não fazem sentido mas buscam
traçar um rascunho magnífico.
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