Beijei a coincidência. Fui coincidente num acidente de olhar
e sorrisos. Nas luzes me desapercebi, não notei que por ali estava outro eu a
me olhar. De repente e despretensiosamente virei e notei a me mirar, a me
melhorar. Saiu na timidez de um olhar indirecionado, sem me encarar mas me
olhando por trás da fumaça. Foi ali, que beijei a coincidência. Ardeu em mim
mas gelou nas suas costas e no seu peito as pedrinhas de gelo que com a boca
deixei cair. Tinha sabor de maçã verde e limão gaseificado a nossa comunicação.
Quis me atrelar a um número, permiti, mas aprendi. Pra quê números quando até o
nome não se quer fazer questão de lembrar no dia seguinte? Impossível não
lembrar. Passível de ignorar. Fácil, como veio, fácil se foi. Sem dar ‘até logo’
muito menos tchau. Foi coincidência te encontrar mas um raio não cai duas vezes
num mesmo lugar.
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
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