sábado, 25 de fevereiro de 2012
Boneco de lata, amarrado pelo coração que não mais tinha, se viu no ferro velho do carro da reciclagem que vinha. Dourado por dentro, no boneco de lata, um coração crescia, oxidando, sem lógica química, o ouro que em outros tempos brilharia. Desce a chuva colorida, por vezes cintilante, pra molhar o que não devia, uma cena sequer conhecida de um olho em eterna simpatia. A caçamba balança, sim, boneco de lata! Ouve só o tilintar que teus cacos vão anunciando. Uma chegada boa te espera, fogo alto, fundição, lata nova, sem tilintação. Cheiro de banana podre? Caco de vidro nas costas? Restos de comida nos cabelos? Liga não, boneco de lata! Já estamos chegando, naquele lugar que chamaria de “meio dia para a tarde”, no lugar onde não mais choraria.
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Um comentário:
Philipe tb eh conteudo :)
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